Se eu ia bem, brigavam, se eu nada entendia, implicavam. Eu não entendia bem o que queriam de mim, assim como ainda não entendo. Mas eu, num esforço sobrenatural tentei satisfazer as vontades de todos. Até dos que não sabiam o que queriam de mim.
Neste desfecho, eu me desgasto, me canso, porque, por fim, meu maior esforço, sempre foi o de não satisfazer ninguém. Assim, eu começo a entender o motivo de nunca ter sido boa em nada. Nunca depositei grandes expectativas em mim, já que nessa luta em satisfazer o outro, eu nunca me reconhecia.
Metendo os pés pelas mãos, gritando a meu modo, posso dizer que hoje, e até à morte, serei incompleta. Mas meu grande passo foi o de buscar compreender o que eu não quero, no intuito de me olhar no espelho, sem que haja um borrão de várias outras imagens.
Escrito em 30/06/2014- Casa da vó.
Reflexões sobre minha infância. Existe um sentido pra tudo, tanto aquele que faz tudo "errado", quanto para o "certo", compreender isso é uma das belezas da vida (ou não).
Reflexões sobre minha infância. Existe um sentido pra tudo, tanto aquele que faz tudo "errado", quanto para o "certo", compreender isso é uma das belezas da vida (ou não).
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