sexta-feira, 4 de julho de 2014

Contínuo regresso II

Eu escrevi um poema. Meses atrás e eu ainda me lembrava das primeiras linhas. Tentei me lembrar novamente, mas não consegui. Eu não me lembro de mais nada.
Lá pela quarta série, escrevi um poema. Mostrei pra professora, e ela duvidou da autoria. Eu poderia até ter ficado chateada, por ela duvidar do meu potencial, mas não. Eu fiquei feliz, por achar que ficou tão bem escrito que ela nem acreditou que fosse meu. Após mostrar o poema, me sentei com um sorriso, e continuei enfeitando meu poema. Dei-lhe cor e borboletas. Ainda não acredito que perdi esse poema em minha cabeça. Ele estava diante de meus olhos, eu o recitei noites atrás. Eu não sei, não tenho certeza, mas acho que recitei sim. Era ele. 
Quando busco recitar meu poema, eu penso em outro poema. Mas já não sei, se na verdade, este fora o poema que sempre recitei. Não tenho certeza de mais nada. Nem do meu sorriso, nem da professora, nem sequer se um dia escrevi um poema. 

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