Uns anos atrás (uns 3 anos) estava conversando com meu pai e dizendo sobre alguns filmes que tinha assistido e a temática que eu gostava, ele então disse que como eu gostava de filme triste, devia então assistir "a cor púrpura". Passado um tempo acabei vendo o filme pela metade na televisão, mas não foi um filme que me prendeu, talvez por já estar pela metade. Há pouco tempo vi o livro na livraria e comprei.
Apesar de possuir uma temática densa é difícil, a leitura é rápida, por se tratar de cartas, que a personagem vai enviando, inicialmente à Deus, por um motivo bem específico.
O livro começa: " É melhor você nunca contar pra ninguém, só pra Deus. Isso mataria sua mamãe"
Então ela escreve sua primeira carta, onde relata o estupro que viveu pelo padrasto.
A personagem acaba mantendo um espírito infantil durante todo livro, isso por um motivo óbvio, ela nunca pôde ser criança, nunca pôde se conhecer. Vivendo sempre situações de abuso, nunca havia conhecido outra vida, tendo apenas Deus como seu confidente.
O diário de Celie (personagem principal) contém erros gramaticais, devido sua falta de estudo. Fazendo consequentemente com que se sinta ignorante e incapaz.
"Mas eu num sei como brigar. Tudo o queu sei fazer é cuntinuar viva". Pág 31
" Ah, Celie. A incredulidade é uma coisa terrível. Como também é o mal que fazemos aos outros sem saber". Pág 218