Mais conhecida como "A garota do maiô dourado". Hilda Furacão é um romance escrito por Roberto Drummond. Achei o livro interessante, cheio de fatos históricos e políticos. Uma narrativa que prende o leitor, utilizando de questões que aguçam nossa curiosidade, e nos faz refletir. Gostei bastante do livro, mas se fossemos enumerar a narrativa exclusivamente sobre Hilda Furacão, teríamos umas 100/150 páginas (um livro de 298).
Apesar de conter muitos fatos históricos sobre Belo Horizonte, ideais políticos ou nomes reais, em alguns momentos não se sabe o que é realidade e o que é ficção. Sinceramente eu fiquei com raiva disso, eu não pude acreditar completamente no livro, nem desacreditar, e sempre me questionava: isso aconteceu? (Mas foi uma agonia excitante, não algo que fizesse do livro como ruim)
O livro foi muito interessante no sentido sensorial. Como estou sempre entre os hotéis da Guaicurus, pude imaginar os personagens, sentir os cheiros, inclusive sentir o cheiro do Muguet du Bonheur (perfume de Hilda, que por sinal nem conheço).
Ontem, quando escrevi este comentário, me esqueci de dizer que há muito de Hilda em mim. Quando ela diz ter 26 anos (minha idade atual), senti que fiquei tocada, e me vi pensando: Será que há coisas nela que são pensamentos da idade? E quando ela afirma: "Eu amo os deserdados do mundo", foi então que me enxerguei.
Mas de fato, senti uma pena não ter tido mais de Hilda no livro.
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