Conversei com um louco. Ele me falou sobre Raul Seixas, Bhagavad Gita, e Freud. Conversamos livremente, e sua fala me prendia. Onde estaria a realidade neste momento? Deliramos juntos, ou separados? Deliramos, ou entramos na mais profunda realidade? Fui fundo, entrei de cabeça, nadei a céu aberto, de corpo nu. Não conduzi, não regulei, não me sugaram, nem suguei.
Seu olhar desconfiado deu lugar a uma expressão relaxada, fácil de ser observada em seu rosto e corpo. Ele entendia a teoria melhor que qualquer outro, afinal, ele se entendia, e isso bastava. Eu então tinha simplesmente que me entregar. Seria eu, um louco sem diagnóstico? Provavelmente não. Eu não me entendia, como ele se entendia.
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