Antes, tinha-se o direito de morrer, (Antiguidade greco-romana) hoje não somos mais donos de nossos corpos. Há sempre um outro dizendo o que vestir, comer, fazer. Nos dizem até mesmo como devemos adoecer, já que entupimos nossos corpos de sódio, hidróxido de amônia, monóxido de carbono, que é o que nos "tacam" goela abaixo (ou narina abaixo no caso do monóxido)
Falar em morte nos dias atuais, nos faz consequentemente, pessoas depressivas. Não se pode perder a pose. Não se pode falar de coisa chata, muito menos realizar reflexões profundas, caso você o faça, questionarão seu estado mental. É fato que as pessoas não suportam um nível baixo de potência,(como diria Spinoza) temos que nos manter elétricos e viris. Mas então, o que fazer com os nossos reais desejos? Seria de fato possível lutar contra todo esse (dialeticamente) sedutor e mórbido poder?
A alienação, vem constantemente maquiada, encobrindo sua real função. Ela se disfarça enquanto conhecimento, luta, inteligência. Tendemos a nos sentir cada vez mais donos de nós, o que parece mais uma ilusão.
Talvez, o encontro com o nosso eu, esteja longe de satisfazer terceiros, podendo estar justamente na insatisfação de outras pessoas. Algumas teorias chamariam se "diferenciação do self", e é o que vem nos faltando. É preciso compreender o que nos rodeia, para fluir.
Seria tão utópico, quanto Thomas More, acreditar que seremos um dia livres, como lindas borboletinhas. Eu não acredito.
A partir do momento que toda escolha gera consequencias e que, até a não escolha é uma escolha, ninguém nunca fugirá de estar preso em redes imaginárias, em redes sociais, que consequentemente se configuram enquanto relações de poder.
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