quinta-feira, 19 de junho de 2014

O azul de Adèle, e o meu estranhamento.

Decidi assistir em casa e sozinha. Três semanas depois, e eu não sei se foi a melhor, ou pior coisa que fiz. "Azul é a cor mais quente" mexeu comigo. Cravou sentimentos, que sempre me confundem, e me angustiam. Fiquei confusa, e confesso que deprimida também. Decidi então assistir pela segunda vez, (acho que pra ver outras possibilidades, ou pra tentar elaborar que de fato o relacionamento havia terminado), e como já era esperado, fiquei mais deprimida.
Muitos questões me confundiam, como a relação de Adèle com sua família, sua relação com a vida, e com seu relacionamento. Depois de tanta confusão emocional, acalmei o coração e tentei perceber que as coisas acabam. Mas ainda fiquei mal. É claro que tem questões minhas, como a minha dificuldade em terminar aquilo que já está saturado. 
Mas meu problema com Adèle era com as não respostas. As coisas ficavam obscuras. Tudo rondava em torno de Adèle, mas parecia não ser o suficiente, não havia respostas. Minha dificuldade em lidar com a falta. 

Achei um texto muito, muito bem escrito. Li com coração acelerado e de uma vez. Pude acalmar (em partes) meu coração. O texto é de base psicanalítica, mas acredito ser de fácil compreensão a qualquer um. A autora vai de técnicas cinematográficas para compreender os recortes que o diretor faz,  à possíveis compreensões subjetivas de Adèle. Simplesmente maravilhoso. 






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