Peguei um documentário pela metade, mas acho que tem uma forte relação com a postagem anterior.
O documentário se chama " O novo cinema da Argélia" (infelizmente não achei na internet). O documentário fala de cineastas que de alguma forma buscam reconstruir e construir uma história através do cinema. A Argélia foi um país muito prejudicado, abalado em questões físicas ( território) e de identidade (religião, língua, guerras), e é através da arte que algumas pessoas querem entender o que sobrou de tanta destruição.
A questão que ficou, após ver o documentário foi: bom, os cineastas buscam e criam algo, que consideram ser importante, mas, no fim das contas o que sobra é a incerteza. Uma constante busca do que foi usurpado. (?)
Farei uma relação com o Brasil. Nossa história, "estampadamente" usurpada, trágica, cheia de abusos, imoralidades, enfim, cheia de erros na construção de uma identidade. Consegue ficar ainda mais precária quando, até hoje pegamos documentários e livros, que nem sequer tocam no nome de Marighella ( nome de extrema importância no exterior, inclusive, para Sartre). Em nossos documentários, guerras civis ainda são vistas como revoltas. Somos um povo revoltado (talvez rebeldes sem causa). Enfim, construíram vários documentários (muitos de extrema importância, é claro), mas no fim, parece ainda ficar a questão: O que é ser brasileiro?
Não adianta construir algo, em cima de um contexto já quebrado. Mas, como mudar toda essa realidade? E, em quê essa falsa identidade nos prejudica?
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