Bom, hoje (segunda-feira) ainda sofro as consequencias da sexta-feira. Saindo de casa as 06:30 e chegando as 23:00 ainda não sei como consegui chegar viva. Pegando calor extremo e chuva, posso dizer que foi um dia trabalhoso, cansativo e tenso. Enfim, chegou sábado e pensei que iria descansar, mas foi um dia um pouco tenso pois tive que acordar cedo e ir pra minha cidade natal. Mas, o dia menos cansativo foi domingo, e é apartir desse dia qur começo o que realmente queria dizer rs.
Domingo assisti um filme chamado "Um estranho no ninho" e tive muitos pensamos e reflexões, nos quais já faço a alguns anos. É interessante como tendemos a colocar um grupo de pessoas em uma norma social. Tanto profissionais da saúde, quanto educadores sociais, ou enquanto cidadão, tendemos a agrupar o normal e aquele que se faz enquanto não-normal. É estranho como através do tempo tivemos péssimas experiências que buscavam engolir o sujeito e insistimos nessa prática. Até hoje temos o aluno problema, ou o drogadito, ou o alcoólatra, ou o doido que tira a roupa na rua, ou o mendigo. É estranho como ainda não aprendemos a ouvir o sujeito enquanto único, mas sim como a norma dos que não seguem a norma. Será que ele é excluido porque NÓS fomos engolidos nessa norma e temos que castigar aquele que possui outros meios, outros caminhos para seguir? O filme em questão, diz de um indivíduo que aparentemente não gosta de trabalhar, transa com muitas mulheres, e por algumas questões vai para um hospital psiquiátrico. Lá ele grita, não segue a norma, arruma confusão demais, e por isso sofre severas consequências.
Fico pensando em quem é este sujeito na nossa sociedade e quais são os modos de calar este sujeito. Acredito que um dos modos de calar este sujeito é enfiando remédios güela abaixo (o medicamento é importante, mas não seu excesso, nem quando seu uso é destinado para dopar o sujeito), ou também quando privamos um indivíduo de uma formação acadêmica. E estes sujeitos se apresentam contra as normas de várias maneiras, seja roubando, ou pedindo dinheiro, este sujeitos escancaram nosso mal estar social e não há internação compulsória que dê conta deste mal estar.
Ai vai uma matéria que tem relação com o filme. Já existe um livro e documentários que contam a vida do indivíduo em um hospital psiquiátrico. Triste realidade. Esta história não pode se perder.
Bom, após o texto, fui pesquisar um pouco mais pra ver se não estava falando bobagem rs..E encontrei um documentário sobre a questão, que por sinal já havia assistido uns anos atrás. Atualmente foi lançado um livro e outros documentários sobre o manicômio de Barbacena, mas vou publicar este. Vou avisar que o vídeo o forte, principalmente que desconhece a realidade dos hospitais psiquiátricos, ou que não tem contato com a loucura. Vale a pena assistir e entender os mecanismos de exclusão.
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